A Estimulação Magnética Transcraniana no contexto do AVC: o que dizem os estudos?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade no mundo, podendo comprometer a função motora, cognitiva e da linguagem.

A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem sido estudada como uma ferramenta complementar à reabilitação, por sua capacidade de modular a atividade neuronal e estimular a plasticidade cerebral, processo essencial para a reorganização funcional após o AVC.

Durante a recuperação, um dos desafios é o desequilíbrio entre os hemisférios cerebrais: o hemisfério não afetado pode inibir excessivamente o hemisfério lesionado. A EMT de baixa frequência aplicada sobre o hemisfério não afetado pode reduzir essa inibição e favorecer a recuperação motora.

Uma revisão sistemática publicada na revista Stroke (2022) indica que a EMT, quando associada a terapias convencionais como fisioterapia e terapia ocupacional, pode contribuir para a melhora da função motora, em especial dos membros superiores. O estudo também aponta benefícios potenciais em quadros de afasia e espasticidade.

A EMT é uma técnica não invasiva, geralmente bem tolerada, com efeitos colaterais leves e transitórios. Ainda assim, sua aplicação deve ser individualizada, baseada na avaliação clínica e integrada a uma abordagem multidisciplinar.

A reabilitação neurológica segue evoluindo, e a EMT surge como uma das abordagens em investigação, com resultados promissores em estudos recentes.

Referência:

Nair DG, Kugler S, Triandafilou KM, et al. Noninvasive Brain Stimulation in Stroke Rehabilitation: A Review of Recent Advances and Future Directions. Stroke. 2022;53(5):1620-1633. doi:10.1161/STROKEAHA.121.037965

Dra. Laira Metzen

Médica
CRM – 23556

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